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Council for the Development of Social Science Research in Africa

       

       

Apelo à candidaturas: 3º Curso de Verão em Estudos Africanos e Estudos Regionais em África organizado pelo CODESRIA e CASB

Tema: Estudos Africanos e Africanistas: Donde vem o olhar?


Data e Lugar: Dakar, 20 a 24 de Agosto de 2018


Prazo para a apresentação de candidaturas: 30 de junho de 2018 às 00h00m GMT


Línguas de trabalho: A Escola de Verão será em Inglês e Francês. Os candidatos devem ter o domínio duma destas duas línguas. Não obstante isso, as candidaturas em Português serão consideradas.

O Conselho para o Desenvolvimento da Pesquisa em Ciências Sociais em África (CODESRIA) e o Centro de Estudos Africanos de Basileia (CASB) lançam um apelo a candidaturas para a terceira edição do Curso de Verão sobre Estudos Africanos e Estudos de Área organizado pelo CODESRIA em colaboração com o CASB com o apoio generoso da Fundação Oumou Dilly (Suíça). A Escola visa reforçar os laços de parceria entre a comunidade de pesquisadores associados ao CODESRIA e os seus homólogos em estudos africanos estabelecidos na Suíça.
O objetivo geral da Escola de Verão é estimular e consolidar abordagens interdisciplinares na pesquisa sobre a África bem como pesquisas trazidas à África doutras partes do mundo. Tomando os estudos africanos como um exemplo de estudos de área, ela procura identificar temas teórica, conceitual e metodologicamente relevantes para a reflexão sobre o desafio intelectual da África, entendida como objecto de conhecimento. Também procura identificar a contribuição de África à investigação em geral ao mesmo tempo que questiona a relevância dos resultados para as abordagens africanas noutras regiões.
A Escola de Verão tem os seguintes objetivos específicos:

  • Dar a doutorandos e pesquisadores emergentes a oportunidade de mergulhar criticamente em desenvolvimentos teóricos, conceituais e metodológicos novos e avançados no domínio dos estudos africanos e para melhor adaptar os métodos aos seus trabalhos com o acompanhamento de investigadores experientes;
  • Encorajar os doutorandos e os investigadores emergentes a reflectirem sobre a relevância potencial do conhecimento relativo à África na melhoria das ferramentas teóricas, conceptuais e metodológicas utilizadas no plano intradisciplinar e interdisciplinar;
  • Cultivar nos doutorandos e nos investigadores emergentes o sentimento de pertencer a uma comunidade de pesquisadores que buscam o conhecimento e a erudição;
  • Incentivar os pesquisadores emergentes a trabalhar no sentido de criar um espaço para os estudos africanos no campo da pesquisa em geral e, deste modo, ajudá-los a reivindicar um lugar no centro da produção de conhecimento.


Nota conceitual


O interesse científico por “outras” sociedades permite que pesquisadores obtenham novas perspectivas sobre o seu próprio ambiente social (e acadêmico) e, entre outras coisas, benefícios para o desenvolvimento de teorias. Isso requer uma reflexão sobre a posição pessoal do pesquisador e a sua relação com a sociedade ou a região que estuda. Historicamente, essa hipótese baseou-se essencialmente na experiência de uma visão “unidirecional” realizada pelo “Norte” (o pesquisador e o dinheiro da pesquisa) sobre o “Sul” (o objecto) e sobre a sua reflexão. Os estudos africanos e a pesquisa sobre a África e em África são geralmente feitos por estudiosos e pesquisadores ocidentais que realizam os trabalhos de pesquisa sobre o ’outro’, ou por pesquisadores e estudiosos africanos – que vivem em África ou são originários da África – que trabalham sobre a sua sociedade e região “de origem”.

A predominância de uma perspectiva Norte-Sul em pesquisas em África e sobre a África, mas também nos estudos africanos, gera um desequilíbrio que coloca um problema quanto à qualidade e relevância do conhecimento científico relacionado com a África (ou com o “mundo em desenvolvimento” em geral). Ao mesmo tempo, há um suposto valor de um olhar sobre “o outro” para a compreensão do “eu”; além do mais, um valor de um olhar externo – pelo outro – para a compreensão de “si mesmo”. A Escola de Verão pretende promover uma reflexão mais aprofundada sobre a relação do pesquisador com a sua área geográfica de estudo. Em última análise, ele oferece aos pesquisadores a oportunidade de identificar abordagens que permitam uma visão “recíproca” ao refletir sobre as bases metodológicas e conceituais, mas também na prática tendo sistematicamente em conta esses aspectos no contexto de trocas de experiências e colaboração. A Escola de Verão proporcionará uma oportunidade para os participantes refletirem sobre a relação da posição do pesquisador na sua região de estudo, fazendo várias perguntas fundamentais: Como a origem e o local de residência de um pesquisador moldam a sua pesquisa sobre uma determinada sociedade ou região? Como ser “de lá” (por exemplo, um africano do Leste estudando a África Ocidental) ou não (por exemplo, um estudante europeu estudando a África Ocidental) faz diferença? Qual é o valor agregado que existe ao realizar um trabalho de pesquisa numa área geográfica estrangeira? E que valor agregado há para estudar a própria sociedade ou região? Qual seria a influência das fontes de financiamento nas perspectivas identificadas pelo pesquisador para estudar o “outro”? E como a relação entre a localização do pesquisador e a sua área de estudo mudam quando o sentido normal de troca de olhar (ou seja, “Sul” para “Norte”)?

A 3ª A edição da Escola de Verão CODESRIA-CASB oferecerá aos participantes a oportunidade de responder a estas perguntas. A orientação da Escola de Verão fornece um quadro que, por si só, aborda essas questões. A Europa tem uma longa tradição de estudos africanos. A posição dos investigadores europeus que se interessam ​​pela África – a relação do seu local de residência à sua região de estudo – tem sido antes um objecto de reflexão, mas é essencial que continue. Outra questão importante, que tem sido cada vez mais abordada nos últimos anos, é a posição dos pesquisadores da diáspora africana, sua relação com a sua “sociedade de origem” e o significado dessa relação para os seus estudos. Um aspecto igualmente importante é o facto de que estudantes e pesquisadores que vivem em África consideram a sua relação com a sua área geográfica de estudo sob um ângulo similar – eles trabalham sobre a sua própria sociedade, sobre outros países ou regiões África ou sobre outro lugar. Os participantes na Escola de Verão discutirão essas questões com base nas contribuições de pesquisadores séniores e de literatura selecionada para que possam refletir sobre sua própria situação.

As discussões durante a Escola de Verão vão girar em torno de três temas principais:

Normatividade: motivação do pesquisador, a escolha do assunto e o papel de interesses e de valores;
Plano e processo de pesquisa: a formulação das questões de pesquisa, a recolha e análise de dados, a selecção e o uso de conceitos, métodos e teorias;
Resultados: a apresentação e a publicação dos resultados da investigação e a sua percepção pela comunidade científica, os decisores políticos e o grande público. Através da participação na Escola de Verão, espera-se que os laureados adquiram a capacidade de pensar sobre a sua própria posição dentro do ambiente acadêmico actual e do futuro, tomar melhor consciência sobre a sua importância para a relevância e conteúdo dos seus trabalhos de pesquisa e conceber, para si próprios, abordagens numa perspectiva mais pensada e recíproca.

A equipa pedagógica

  • Elísio Macamo (Director da Escola de Verão), Professor de estudos africanos na Universidade de Basileia (Suíça)
  • Ralph Weber, Professor de estudos globais europeus na Universidade de Basileia (Suíça)

Procedimento para a apresentação de candidaturas

A Escola de Verão está aberta a doutorandos bem como a investigadores emergentes, matriculados e que trabalham em instituições de ensino superior em todos os países africanos. O programa incentiva fortemente candidaturas de estudantes de doutorado matriculados numa universidade africana ou suíça nas seguintes disciplinas: antropologia social, sociologia, história, religião, filosofia, estudos de gênero e ciências políticas. Os custos de viagem, hospedagem e alimentação serão cobertos durante a Escola de Verão para qualquer participante matriculado numa instituição africana.

Cada participante deve enviar um documento conceitual de cinco páginas descrevendo (a) o tópico do seu estudo; (b) a ligação entre o seu trabalho e o tema da Escola de Verão; (c) o que espera da Escola de Verão, se a sua candidatura for aceite.

Por outro lado, cada processo de candidatura deve ser acompanhado de uma carta de candidatura, um CV, duas cartas de recomendação feitas pelo estabelecimento de filiação do candidato e a cópia do passaporte do candidato.

Os candidatos devem apresentar a sua proposta através do seguinte elo: https://codesria.org/submission/

Para mais informações sobre a Escola de Verão, por favor contacte:
CODESRIA ESCOLA DE VERÃO
Tél. : (221) 33 825 98 21/22 / 23
Email: submission@codesria.org
Website: https://codesria.org

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